POEMA DOS PASSOS PERDIDOS
Agripa Vasconcelos
Ainda te vejo no roupão de renda
Na tarde azul em que a viajar, sozinho,
Fui te encontrar errando o meu caminho,
Como um sonho de névoa, na fazenda...
Como uma estrela que, de pronto, esplenda,
Apareceste no roupão de linho,
E, grato por teu pão e por teu vinho,
Vi que era doce a sombra de tua tenda.
Volto hoje ao sítio. A solidão me aterra...
Não mais te encontra o olhar do peregrino,
Oh flor corada no pontão da serra!
Achei-te a errar por uma estrada incerta.
Mas, de todas que errei no meu destino,
Foi essa estrada a única estrada certa.
Na tarde azul em que a viajar, sozinho,
Fui te encontrar errando o meu caminho,
Como um sonho de névoa, na fazenda...
Como uma estrela que, de pronto, esplenda,
Apareceste no roupão de linho,
E, grato por teu pão e por teu vinho,
Vi que era doce a sombra de tua tenda.
Volto hoje ao sítio. A solidão me aterra...
Não mais te encontra o olhar do peregrino,
Oh flor corada no pontão da serra!
Achei-te a errar por uma estrada incerta.
Mas, de todas que errei no meu destino,
Foi essa estrada a única estrada certa.
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3 comentários:
Seguir os passos desse grande escritor é formidável! Como disse Ferreira Goulard "quem aprende a gostar de poesia, aprende a levar uma vida mais leve."
Concordo com seu comentário. As pessoas deveriam prestar mais atenção aos poemas. Quem não gosta é porque não sabe tirar deles sua essência.
Acessei o Blog Agripa Vasconcelos e tive a alegria de ler dois poemas muito bonitos: Poema dos Passos Perdidos e Carta para Província.
Mas fiquei mesmo encantado com a beleza do Poema dos Passos Perdidos. Memoravelmente um doce de perdidas ilusões, de romantismo e tudo o mais. Lindo! Só mesmo a inspiração de um gênio como Agripa Vasconcelos podia conceber esse poema!
Grande abraço,
Cel.Vicente Ferreira
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