quarta-feira, 30 de março de 2016

18.000 visualizações!





     É com grande alegria que constatamos hoje que chegamos a 18.000 visualizações no blog do nosso escritor! Não é bárbaro? Isso nos dá ânimo para 
continuarmos com a divulgação do hábito da leitura, através da obra literária 
de Agripa Vasconcelos. E também de sempre fazermos postagens referentes 
à literatura. Agradecemos o apoio de todos. ;)

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segunda-feira, 21 de março de 2016

Dia Mundial da Poesia

Para comemorarmos a data postamos:



                                                                   CHUVA DO MAR
                                               Agripa Vasconcelos

 (No  baixo e no médio rio Doce, chamam as chuvas temporárias, chuvas do mar -  talvez por  serem trazidas pelos ventos do Atlântico.)


 Quando Raquel casou, naquela tarde mansa,
Vi desfeito de vez meu sonho de criança...
Um desespero atroz meu ser avassalou !
Mas alguém que conhece os mistérios do mundo
Num sussurro me disse um conselho profundo:
- Isso é chuva do mar. Vai passar.
                                                                     E passou.

Quando, ainda mocinho, eu senti, doido de ira,
Que, parecendo certo, era tudo mentira
O amor que me jurara a pérfida Margot.
Quis morrer - mas alguém que conhece esta vida
Me falou, sem calor, mas em frase sentida:
- Isso é chuva do mar. Vai passar.
                                                                     E passou.

 Quando Ofélia seguiu seu destino sombrio,
Senti, como ainda sinto, o coração vazio!...
Faz tanto tempo já que nem sei mais quem sou !
Mas quem viu em meu pranto uma simples garoa
Quis em vão me dizer uma palavra boa:
                                   - Isso é chuva do mar. Vai passar.                                                                                                          Não passou.


terça-feira, 8 de março de 2016

8 de Março



APENAS ISSO... E NADA MAIS
                                 Agripa Vasconcelos

Quando, anteontem, passaste, linda, com esse
Ar estudado de desinteresse
Lido em teus olhos sobrenaturais,
Alegre, entre os amigos – fiquei triste...
Que mais queria que me acontecesse?
Apenas isso... e nada mais.

Hoje, ainda vejo, em íntima desgraça,
A indiferença da mulher que passa...
Eu que achava as mulheres bem triviais,
Por ter desprezo, hoje, afinal sou triste
Homem que o ciúme o coração traspassa.

Apenas isso... e nada mais.