CARTA PARA A PROVÍNCIA
Agripa Vasconcelos
Depois que você foi, nem sei mesmo porque,
Ao deparar na rua alguém com o seu feitio
Sinto na minha vida um enorme vazio
E estremeço assustado, ao lembrar de Você...
Qualquer cousa de estranho e mórbido se lê
Nos meus modos de ser, no meu silêncio frio,
Pois meus amigos veem: Você ficou sombrio...
E eu não lhes digo nada... Afinal, para que!
Cruzo os braços. Caminho, errante, na ilusão
De encontrar o meu sonho... Oh dor, porque me feres?
Tenho medo do povo e busco a multidão...
Pelo bairro ando, à toa e entro em casa, a fumar.
Encontro sem querer com todas as mulheres
Menos com essa mulher que eu quisera encontrar.
Depois que você foi, nem sei mesmo porque,
Ao deparar na rua alguém com o seu feitio
Sinto na minha vida um enorme vazio
E estremeço assustado, ao lembrar de Você...
Qualquer cousa de estranho e mórbido se lê
Nos meus modos de ser, no meu silêncio frio,
Pois meus amigos veem: Você ficou sombrio...
E eu não lhes digo nada... Afinal, para que!
Cruzo os braços. Caminho, errante, na ilusão
De encontrar o meu sonho... Oh dor, porque me feres?
Tenho medo do povo e busco a multidão...
Pelo bairro ando, à toa e entro em casa, a fumar.
Encontro sem querer com todas as mulheres
Menos com essa mulher que eu quisera encontrar.