segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Curiosidades

  
     Agripa não gostava de festas e o tempo que lhe sobrava, depois de exercer sua profissão de médico, era para escrever, pesquisar. Passava horas debruçado sobre papéis e livros rodeado por aquela ‘desordem organizada’ e ficava nervoso se alguém mexesse em sua mesa de trabalho.

    Muitas vezes acordava durante a noite para escrever algo que lhe vinha à cabeça e pela manhã era comum encontrar anotações até nas molduras dos jornais, perto de sua cama. Dizia que as idéias eram tantas que não o deixavam dormir sossegado. A cabeça fervilhava e ele sentia extrema necessidade de passar tudo para o papel.

    Como poeta, canta em versos sua terra natal, evoca lendas da selva brasileira e figuras do seu folclore como Curupira, Anhangá, Juruparí, Rudá, Saci-Pererê e muitas outras que tiveram em Agripa seu magistral intérprete em termos de poesia.

    Suas poesias falam do sertão, de fé, de amor e sofrimento. O sofrimento deu-lhe mais inspiração e mais esperanças, mas em meio às suas angústias Agripa fez versos maravilhosos. Como ser humano teve muitas alegrias e desencantos pela vida afora e isso contribuía ainda mais para que sua inspiração fosse maior.