sexta-feira, 18 de abril de 2014

Paixão de Cristo

 
Em homenagem a esta data tão significativa postamos esta poesia do escritor Agripa Vasconcelos:
 
 

SEDE NA CRUZ
                                Agripa Vasconcelos
 
Quando um dia caíres em desgraça
Ou tombares de joelhos sobre o chão,
Não esperes dos homens qualquer graça,
Nem mesmo o amparo do teu próprio irmão.
 
Para os que fostes bom – serás ameaça,
Mulher alguma há – de estender-te a mão.
Todos os que beberam de tua taça,
Vendo-te em dor, te desconhecerão.
 
Quando as carnes a Dor te atenazar,
Teu amigo mais íntimo e exemplar,
Que um dia da confiança te fez jus,
 
Será que vai partir os teus arneses
E, como Pedro, te negar três vezes,
E com três cravos te pregar na Cruz.