Em seu livro SUOR DE SANGUE, premiado pela Academia
Brasileira de Letras com o prêmio "Olavo Bilac", Agripa começa esta
obra com a poesia denominada RITO SANGRENTO, que ele dedicou
a seus amigos:
a seus amigos:
Prisioneiro da Vida é esta a oferenda
Humilde... É o rito de quem sente e pensa.
Sei que a alguns esta oferta não compensa
E a comunhão é só para o que a entenda.
O altar é humilde e vão, mas que a hóstia esplenda
Naquilo que vos dou, sem recompensa.
A partícula é escassa, a Febre é imensa
E o resto pouco importa que me ofenda.
É o coração, que o ódio do mundo afronte,
Poemas, sanguíneo suor de minha fronte...
Quem os comungue saiba, em seus estilos,
Que tive da criação nos atropelos,
Sobre a graça divina de fazê-los,
A vil tortura humana de senti-los.