sábado, 21 de março de 2015

Dia Mundial da Poesia

      Como hoje é o Dia Mundial da Poesia, postamos CHUVA DO MAR de Agripa Vasconcelos, para comemorarmos a data:
 

                                                                  CHUVA DO MAR
                                               Agripa Vasconcelos
 
 (No  baixo e no médio rio Doce, chamam as chuvas temporárias, chuvas do mar -  talvez por  serem trazidas pelos ventos do Atlântico.)
 
 Quando Raquel casou, naquela tarde mansa,
Vi desfeito de vez meu sonho de criança...
Um desespero atroz meu ser avassalou !
Mas alguém que conhece os mistérios do mundo
Num sussurro me disse um conselho profundo:
- Isso é chuva do mar. Vai passar.
                                                                     E passou.
 
 Quando, ainda mocinho, eu senti, doido de ira,
Que, parecendo certo, era tudo mentira
O amor que me jurara a pérfida Margot.
Quis morrer - mas alguém que conhece esta vida
Me falou, sem calor, mas em frase sentida:
- Isso é chuva do mar. Vai passar.
                                                                     E passou.
 
 Quando Ofélia seguiu seu destino sombrio,
Senti, como ainda sinto, o coração vazio!...
Faz tanto tempo já que nem sei mais quem sou !
Mas quem viu em meu pranto uma simples garoa
Quis em vão me dizer uma palavra boa:
- Isso é chuva do mar. Vai passar.
                                                                     Não passou.
 
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domingo, 15 de março de 2015

Recomeço

   
      Depois de termos nossa antiga página desativada pelo facebook, resolvemos recomeçar. Com esta nova página continuaremos com a divulgação da obra literária do escritor Agripa Vasconcelos e também faremos outras postagens sempre pertinentes à literatura.
 
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domingo, 8 de março de 2015

8 de março

 
APENAS ISSO... E NADA MAIS
Agripa Vasconcelos                
 
Quando, anteontem, passaste, linda, com esse
Ar estudado de desinteresse
Lido em teus olhos sobrenaturais,
Alegre, entre os amigos – fiquei triste...
Que mais queria que me acontecesse?
Apenas isso... e nada mais.
 
Hoje, ainda vejo, em íntima desgraça,
A indiferença da mulher que passa...
Eu que achava as mulheres bem triviais,
Por teu desprezo, hoje, afinal sou triste
Homem que o ciúme o coração traspassa.
Apenas isso... e nada mais.