sexta-feira, 17 de abril de 2015

Ao Dia do Índio

 
POKRÃNE
Esse guerreiro audaz, carranca muda,
Em que a coragem do invasor, desaba
É o bugre intrépido, é o morubixaba,
Dono e senhor da terra botocuda.
 
Na altivez de sua máscara sanhuda
Freme o cio do chão de que se gaba.
Seu evangelho, que o estrangeiro acaba,
São a massa que esmaga e a flecha aguda...
 
A bandeira da terra toda sua
É o seu cocar de penas que flutua!
Escuta o chão; resguarda os seus venenos...
 
Ah, mal sabes, pajé da invicta indiada,
Que a tua terra irá cair, roubada,
De homens grandes – nas mãos de homens pequenos.