domingo, 26 de agosto de 2012

Depoimento da filha de Agripa

      

      São Chico segue as mesmas características dos seis livros das Sagas do País das Gerais, mas desta vez Agripa Vasconcelos fala do nordeste brasileiro. Neste livro consta a apresentação assinada por uma de suas filhas, a advogada Mára de Vasconcelos Mancini, curadora de sua obra, para entendermos um pouco mais a capacidade de produção desse autor incansavelmente criativo, que diz:

      "É Inacreditável! São pastas e mais pastas cheias de papéis, pilhas de cadernos e folhas soltas, um amontoado de anotações que tento entender de onde vêm. Afinal, me pergunto sempre: A que horas Agripa dormia? Cada vez que abro uma dessas pastas que guardam seus escritos, cada vez que folheio esses papéis, sinto-me como um garimpeiro diante de uma mina de diamantes e tento tirar ali de dentro aqueles tesouros escondidos. A produção deixada por Agripa é imensa, talvez maior do que aquilo que dele já foi publicado ou que seja conhecido, e tento fazer dessas pedras brutas, que são seus manuscritos em letra miúda e quase ilegível, jóias de rara beleza que possam ser apreciadas por todos"...

terça-feira, 14 de agosto de 2012

São Chico

  

 (duas capas do romance)

Sobre o “Romance do Nordeste Brasileiro – São Chico”
(por José Aluízio Viana - Secretário de Cultura de Matozinhos/MG)

Em julho de 2007, fui presenteado por dona Mara Vasconcelos com o volume do “Romance do Nordeste Brasileiro – São Chico”, de autoria de seu pai, Dr. Agripa Vasconcelos, de quem sou leitor e admirador antigo, e que passo a registrar algumas impressões.
Agripa constrói lentamente a história de uma paixão proibida, que vai surgindo aos poucos e criando uma tensão entre as personagens, formulando uma trama que se revela brilhante ao final do romance, pois que prenunciando uma tragédia shakespereana, é solucionada de forma simples e objetiva, dentro de um contexto e lógica cultural totalmente “nordestinos”.
Como em toda sua obra, Agripa demonstra sua capacidade de recolher histórias localizadas no tempo e lugar e inserí-las de modo natural no desenrolar do romance, apresentando as curiosidades e culturas da região em vários tempos; a análise sutil da psicologia das personagens, cada uma em sua posição na escala social, revelam no autor mais uma vez o arguto observador da alma humana. Outro dado digno de nota é a precisão literária e a sensibilidade poética com que Agripa titula os capítulos do romance.
Neste romance, Agripa faz uma síntese histórica da evolução do nordeste brasileiro mostrando a lenta decadência dos engenhos, engolidos lentamente pela modernidade das usinas de açúcar, a paulatina introdução das ideias de luta de classes trazidas pelos sindicatos trabalhistas, o surgimento das Ligas Camponesas e a consequente agitação social e política da época e a situação de abandono social em que o nordeste é deixado pelas autoridades políticas. Como em outros romances, o autor utiliza o narrador para demonstrar, com uma visão crítica, sua amargura em relação aos homens, à política, aos caminhos do país; e revela sua admiração e esperança no grande país que é o Brasil.



quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Expedição Espírito de Rei

                                                     (clicar na imagem para melhor visualizá-la)

         Esta semana recebemos um email da cidade de Lagoa da Prata/MG que nos causou surpresa. Era de um senhor que, com um grupo de amigos, faz expedições com veículos 4 X 4 por essas Minas Gerais. O grupo leva o nome de Espírito de Rei.

       Isto significa que  eles são aventureiros e que gostam de andar em estradas de terra, passando muitas vezes por apertos, mas levam tudo na esportiva e até gostam que os imprevistos aconteçam. O grupo é tão organizado que para cada expedição é elaborado um adesivo para colocar nas portas dos carros dos participantes para identificação (foto acima).

       Pois bem, este grupo fez um roteiro diferente desta vez e nomearam esta expedição de: Nos Contornos de D. Beja e o roteiro seguido foi o seguinte:

                           
                 lll Expediçao Espirito de Rei- Nos Contornos de Dona Beija

 
1o. dia- IDA: saida de Lagoa da Prata passando por Bambui, Medeiros, Pratinha até Araxá. 250km estrada de terra, aproximadamente 9 horas de  viagem, com pernoite no Hotel Dona Beija.

2o. dia- VOLTA: Araxá passando por Desemboque até Delfinópolis (divisa de Minas e São Paulo). Aproximadamente 100kms de terra e 8 horas de  viagem.

3o. dia- Delfinópolis à Sao Sebastião do Paraiso, na cachoeira de Casca Danta (onde nasce o Rio São Francisco, na Serra da Canastra). Aproximadamente 100kms de serras e estradas só de 4 X 4 e 10 horas de viagem.

4o. dia- passeios pela regiao da Serra da Canastra.

                       (roteiro da volta em verde no mapa)


            Agradecemos muito o contato e gostaríamos de saber:
         Alguém do blog se habilita ?