terça-feira, 24 de abril de 2012

Sementeira nas Pedras



      Nos momentos de mágoa e tristeza, Agripa abre seu coração em “SEMENTEIRA NAS PEDRAS”, seu último livro de poesias publicado
que começa com este soneto:

Semear, semeei - minhas palavras boas,
Prevendo o bem da messe promissora.
Nem luas más, sem secas, nem garôas
Poderiam frustrar minha lavoura !

Semeando, humilde, entoei obscuras lôas,
Não à mão que alçava ao sol que aloura.
Mas a Deus, mas às águas, que as lagoas
Conservam contra a estiagem sorvedoura.

Mas bem cedo senti que meu trabalho
Valia ainda bem menos do que valho...
Foi simplesmente vã minha canseira !

Pois quem semeia em corações humanos
Semeia em pedras e, sem mais enganos,
Pode julgar perdida a sementeira...



4 comentários:

Vera Lúcia do Recife disse...

Quanta sensibilidade, meu Deus!
Agripa me emociona a cada verso.

Anônimo disse...

Dom é mesmo algo mágico!

Ana Lua - Curitiba disse...

Cada vez que leio algo escrito por Agripa me pego a pensar: como é que um escritor com tamanha sensibilidade pode ser tão pouco conhecido, até mesmo em seu próprio estado, Minas Gerais?

Kadu - 7 lakes disse...

Nóóó. Esse kra eh f.....!
Tinha lido Xica e ñ sabia q ele era poeta tbm!!
Do k......... !!!