Maio é o mês em que faleceu o filho caçula de Agripa - LEONATO AGRIPA.
Transcrevemos hoje uma carta que Mara, irmã de Leonato, escreveu na ocasião:
Leonato querido,
Faz de conta que você não se foi. Eu o vejo a todo instante, sinto sua presença, ouço sua voz me dizendo: "Oi, mana véia"... com seu riso tão bonito e seu cachimbo tão inglês, enchendo de fumaça cheirosa seu bigode e seu redor.
Todas as tardes, ao escrever, eu o procuro na primeira estrela que aparece e lá está você brilhando, piscando lá no céu, bem no alto, mandando beijos para todos nós que o amamos tanto! Como sentimos sua falta! Ensina-nos a conviver com sua ausência, dai-nos forças para aceitar tanta dor...
Agradeço, de coração, a Deus te-lo tido como irmão e amigo.
A vida nos colocou separados, em cidades diferentes, mas carinho não se mede por quilômetros e sim por profundidade de sentimentos. E você tem certeza do quanto eu o queria.
A saudade que sinto é imensa e em cada lágrima que derramo vai um pedaço do meu coração.
Não se esqueça da gente, proteja a todos nós que agora, mais do que nunca, precisamos de sua ajuda.
Você não morreu... você desencantou!!
Um beijo da Mara
(Brasília - maio de 1992)
3 comentários:
Pelo que pude perceber, Agripa deixou seu gen poético em uma de suas filhas.
Que linda carta!
Grande abraço.
Nossa, como Mara escrevia bem. Fiquei emocionada. Faz de conta que ela continua entre nós.
Bjs
Dra. Mára era advogada de profissão mas, sem dúvida, escritora de coração, como o pai, Dr. Agripa.
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