Nos momentos de mágoa e tristeza, Agripa abre seu coração em “SEMENTEIRA NAS PEDRAS”, seu último livro de poesias publicado
que começa com este soneto:
Semear, semeei - minhas palavras boas,
Prevendo o bem da messe promissora.
Nem luas más, sem secas, nem garôas
Poderiam frustrar minha lavoura !
Semeando, humilde, entoei obscuras lôas,
Não à mão que alçava ao sol que aloura.
Mas a Deus, mas às águas, que as lagoas
Conservam contra a estiagem sorvedoura.
Mas bem cedo senti que meu trabalho
Valia ainda bem menos do que valho...
Foi simplesmente vã minha canseira !
Pois quem semeia em corações humanos
Semeia em pedras e, sem mais enganos,
Pode julgar perdida a sementeira...
4 comentários:
Quanta sensibilidade, meu Deus!
Agripa me emociona a cada verso.
Dom é mesmo algo mágico!
Cada vez que leio algo escrito por Agripa me pego a pensar: como é que um escritor com tamanha sensibilidade pode ser tão pouco conhecido, até mesmo em seu próprio estado, Minas Gerais?
Nóóó. Esse kra eh f.....!
Tinha lido Xica e ñ sabia q ele era poeta tbm!!
Do k......... !!!
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