GALHO SECO
Na árvore nova do pontal da serra
Um galho, em febre estranha
Amanheceu em flor. Resplandecia,
Rubro e febril como um pendão de guerra!
O ramo em flor, jovem, sorria:
Florada nova na montanha!
Tempos depois aos ventos desabridos,
Aos ventos dissolutos,
A rama, alto, mostrou gloriosamente
A amargura de uns frutos doloridos.
Ah, seiva, flor, pólen, semente...
Sustinha o galho os pobres frutos.
Hoje quem vê de longe a árvore nobre,
Resto da tempestade,
Não mais enxerga a rama alta florida,
Nem o galho dos frutos, hoje pobre.
Mas vê a rama dolorida
O galho seco da saudade.
Na árvore nova do pontal da serra
Um galho, em febre estranha
Amanheceu em flor. Resplandecia,
Rubro e febril como um pendão de guerra!
O ramo em flor, jovem, sorria:
Florada nova na montanha!
Tempos depois aos ventos desabridos,
Aos ventos dissolutos,
A rama, alto, mostrou gloriosamente
A amargura de uns frutos doloridos.
Ah, seiva, flor, pólen, semente...
Sustinha o galho os pobres frutos.
Hoje quem vê de longe a árvore nobre,
Resto da tempestade,
Não mais enxerga a rama alta florida,
Nem o galho dos frutos, hoje pobre.
Mas vê a rama dolorida
O galho seco da saudade.
CURTA A PÁGINA www.facebook.com/escritoragripavasconcelos