SAUDADE DA SERRA
Agripa Vasconcelos
Desde que vim da serra não mais pude
Ser o que era antes de ir, convalescente.
Dessas férias ao sol voltei mais doente
Com os ares bons e o clima de altitude.
Fico de olhos molhados e é frequente
Que, na amarga explosão desta inquietude,
A lembrança que guardo se transmude
Em lágrimas, que choro pela ausente.
Pois meus olhos, depois dessa jornada,
No rigor da saudade tão ferrenha,
E sob a qual, vencido, nada valho,
Como as árvores são, de madrugada:
Com qualquer vento que da serra venha
Sangram logo nas lágrimas do orvalho...
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Um comentário:
Simplesmente comovente!
Grande abraço,
Vera Lúcia do REcife
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