CARTA PARA A PROVÍNCIA
Agripa Vasconcelos
Depois que você foi, nem sei mesmo porque,
Ao deparar na rua alguém com o seu feitio
Sinto na minha vida um enorme vazio
E estremeço assustado, ao lembrar de Você...
Qualquer cousa de estranho e mórbido se lê
Nos meus modos de ser, no meu silêncio frio,
Pois meus amigos veem: Você ficou sombrio...
E eu não lhes digo nada... Afinal, para que!
Cruzo os braços. Caminho, errante, na ilusão
De encontrar o meu sonho... Oh dor, porque me feres?
Tenho medo do povo e busco a multidão...
Pelo bairro ando, à toa e entro em casa, a fumar.
Encontro sem querer com todas as mulheres
Menos com essa mulher que eu quisera encontrar.
Depois que você foi, nem sei mesmo porque,
Ao deparar na rua alguém com o seu feitio
Sinto na minha vida um enorme vazio
E estremeço assustado, ao lembrar de Você...
Qualquer cousa de estranho e mórbido se lê
Nos meus modos de ser, no meu silêncio frio,
Pois meus amigos veem: Você ficou sombrio...
E eu não lhes digo nada... Afinal, para que!
Cruzo os braços. Caminho, errante, na ilusão
De encontrar o meu sonho... Oh dor, porque me feres?
Tenho medo do povo e busco a multidão...
Pelo bairro ando, à toa e entro em casa, a fumar.
Encontro sem querer com todas as mulheres
Menos com essa mulher que eu quisera encontrar.
2 comentários:
Cada vez que leio um poema de Agripa me sinto invadida por um sentimento de beleza maior!
Gênio!
Que dom vc tem com as palavras, Agripa Vasconcelos!
Grande abraço,
Vera Lúcia do Recife
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