FIO DOURADO DE CABELO do Escritor Agripa Vasconcelos
O brando fio louro de cabelo
Que encontraste em meu ombro aquele dia,
De uma vez deliu minha alegria,
Tal o excesso de ciúme de teu zelo.
Só teus olhos de amor podiam vê-lo.
E ao vê-lo, em teu pendor à fantasia
Julgaste sem pensar que eu te traía,
Fazendo de meu Sonho um pesadelo.
Quanto a ventura é frágil! Vã mentira...
Esse dourado fio, que eu nem vira,
Forte, desfez nossa felicidade:
Com teu gesto, apagou-se, de repente.
Ontem – um fio de ouro; hoje – corrente
Que me algema no exílio da saudade.
Ontem – um fio de ouro; hoje – corrente
Que me algema no exílio da saudade.
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2 comentários:
Nunca vi coisa mais linda!
Somente Agripa poderia tratar este assunto com tanta singeleza!
Que poema lindo!
Adoro as coisas de Agripa.
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