Do livro Suor de Sangue de Agripa Vasconcelos:
FATALISMO
Eu olho a Vida como um muçulmano:
O que tiver de vir, certo virá...
É tudo escrito no destino humano
Tudo na Terra é pó – menos Alá...
Corações na aflição, na ânsia insofrida
De forçar um roteiro, serenai.
Sonâmbulos, andamos pela vida
Mas sem sabermos aonde a Vida vai.
Nosso destino vem predestinado;
Nada altera querer ou não querer...
Vale o mesmo o submisso ou o revoltado:
Aconteceu, tinha de acontecer...
Nosso romance triste, pequenino,
Quem o truncou não foste tu nem eu,
Seguimos o traçado do Destino...
Tinha de acontecer, aconteceu...
Suas amargas lágrimas tardias
Ou a cólera brutal que grita em mim
Não vão mudar o curso aos nossos dias...
Vieram assim, hão de acabar assim...
Os fatos com que a Vida nos alveja,
Em letras indeléveis, um por um,
Vêm no Livro Imutável... Assim seja...
Ninguém pode lutar contra o simum...
Não vive no planeta alguém que possa
Livrar-se desse jugo, por si só.
Nem a nossa vontade é mesmo nossa!
Estava escrito... E todo o resto – é pó...
Eu olho a Vida como um muçulmano:
O que tiver de vir, certo virá...
É tudo escrito no destino humano
Tudo na Terra é pó – menos Alá...
Corações na aflição, na ânsia insofrida
De forçar um roteiro, serenai.
Sonâmbulos, andamos pela vida
Mas sem sabermos aonde a Vida vai.
Nosso destino vem predestinado;
Nada altera querer ou não querer...
Vale o mesmo o submisso ou o revoltado:
Aconteceu, tinha de acontecer...
Nosso romance triste, pequenino,
Quem o truncou não foste tu nem eu,
Seguimos o traçado do Destino...
Tinha de acontecer, aconteceu...
Suas amargas lágrimas tardias
Ou a cólera brutal que grita em mim
Não vão mudar o curso aos nossos dias...
Vieram assim, hão de acabar assim...
Os fatos com que a Vida nos alveja,
Em letras indeléveis, um por um,
Vêm no Livro Imutável... Assim seja...
Ninguém pode lutar contra o simum...
Não vive no planeta alguém que possa
Livrar-se desse jugo, por si só.
Nem a nossa vontade é mesmo nossa!
Estava escrito... E todo o resto – é pó...
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Um comentário:
Mas que pérola, esse Fatalismo! Só mesmo Agripa Vasconcelos para escrevê-lo. Parabéns!
Grande abraço
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