quarta-feira, 29 de maio de 2013

A novela de uma novela



Em mais uma estratégia, Silvio Santos tirou da gaveta a novela Dona Beija, produzida e exibida pela extinta TV Manchete, em 1986. A trama, escrita e dirigida pelos já falecidos Wilson Aguiar Filho e Herval Rossano, respectivamente, foi reapresentada em 2009. Porém, ao contrário do que pensava o público, a reexibição não agradou nem ao elenco nem à família do escritor do romance histórico “A Vida em Flor de Dona BêjaAgripa Vasconcelos.

Gracindo Jr., por exemplo, intérprete do protagonista Antônio Sampaio, disse ter ficado surpreso com a reexibição. O ator afirma que ele e seus colegas de equipe não foram comunicados pelo
SBT sobre a possibilidade da trama ser exibida no canal. Ao saber que o folhetim já estava no ar, Gracindo acionou imediatamente seu advogado na época.

“Fiquei muito surpreso, quando amigos me deram a notícia. Ninguém me procurou para saber minha opinião. Então, meu advogado sugeriu que eu conversasse com outros atores, para abrirmos uma ação conjunta. E foi o que fizemos”, explica. Ele alega ter assinado autorização para que a trama fosse reprisada na extinta TV Manchete, não por outra emissora.

“Há 23 anos, fechei contrato com a Manchete para fazer essa novela e não com o
SBT. Portanto, não aceitei receber um cachê por reexibição. Precisávamos renegociar o uso de imagem." A mesma postura firme foi adotada por Maitê Proença, protagonista de Dona Beija. Ela, que contou à colunista de O Globo, Patrícia Kogut, que o SBT tentou fazer um acordo, não concordou em ver sua imagem exibida sem sua autorização. Vale lembrar que, na ocasião, Maitê fez muitas cenas de nudez.




“Botaram a novela no ar sem avisar o elenco e o próprio público. Não houve chamada na tevê, informando que Dona Beija seria reprisada. Sei que o material que a Manchete tinha estava guardado nos porões da emissora, de qualquer jeito. Imagino que já estavam deterioradas. Não sabia que Dona Beija seria essa que eles iriam exibir. Acho que teriam de reeditar muita coisa e só Deus sabe como eles iriam fazer isso! Aliás, esse foi um dos motivos para eu não autorizar”, comentou a atriz.

Ao saber, através de O Fuxico, que Dona Beija já estava no ar, Mayara Magri, que também estava no elenco, ficou bastante surpresa. A atriz, que foi
casada com o diretor da novela, Herval Rossano, conta que foi procurada por um representante do SBT em meados de 2008, mas não assinou nenhuma autorização.

“Eles apenas me indagaram se eu permitiria a reexibição da novela e prometeram enviar um termo de autorização para eu assinar, mas isso não aconteceu. Fiquei surpresa ao saber que a novela já estava no ar.”
Mesmo assim o SBT decidiu reprisar a novela também sem a autorização da família do escritor Agripa Vasconcelos, o que ocasionou uma verdadeira batalha judicial pelos direitos autorais, culminando com a vitória do escritor. O romance histórico “A Vida em Flor de D. Bêja”, de Agripa, foi utilizado como base de pesquisa para a criação da novela.



 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Notícia boa

Prezados amigos e seguidores,
Hoje estamos em festa, pois acabamos de completar 3000 visualizações! Continuem nos prestigiando e nos ajudando a divulgar a obra de AGRIPA VASCONCELOS.
Recebam nosso abraço e agradecimento.

Equipe do blog

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Lamentável



O jornal Estado de Minas fez uma enquete semana passada, pedindo para que os leitores votassem no maior escritor de todos os tempos no Brasil. O nosso seguidor e amigo Maurício Cardoso enviou uma carta para a redação do jornal que reproduzimos a seguir, com sua autorização:
“Sou médico e assinante do Estado de Minas há mais de 30 anos, onde venho colaborando desde 1963, com artigos variados, sendo os dois últimos sobre Irradiação de Alimentos e Gravidez na Adolescência. Cultura é o primeiro caderno que leio no jornal. Ontem deparei com um artigo escrito por vocês, por sinal, muito bom, onde apresentam uma relação dos maiores escritores de todos os tempos, por ordem de votação. Não sei qual o critério adotado ou quem votou, porém, fiquei surpreso por não ter constado na relação o nome de Jorge Amado (cujos livros foram traduzidos em várias línguas e publicados em mais de 100 países) e de Agripa Vasconcelos (publicou mais de 7 livros, entre eles: Dona Beja, Chica da  Silva, Chico Rei, Canaã e outros mais), considerados os grandes contistas do Brasil. Será que não houve um erro na digitação? Escrevi no ano passado um artigo sobre Agripa Vasconcelos, mas não sei se foi publicado ou ainda vai ser, pois passei uma temporada fora de BH e não li o jornal.
Um grande abraço.
Maurício Cardoso”
Resposta da redação do Estado de Minas:
“Caro Maurício, obrigado pela mensagem.
A relação dos autores e livros publicada no Estado de Minas foi resultado de consulta a 50 especialistas, de várias regiões do Brasil, que trabalham em universidades, centros de pesquisa, jornais e revistas literárias. A relação com o nome dos votantes está publicada no caderno de domingo (14/04/13). Jorge Amado consta dela, com bom número de votos, mas o Agripa  Vasconcelos não foi citado pelos especialistas consultados. Para auferir também o gosto do público, no site do jornal (divirta-se.uai.com.br) está sendo feita uma enquete para identificar a predileção dos leitores.
Abraços da redação.”
Comentário do Maurício:
“Estou, realmente, estarrecido com a falta de conhecimento das personalidades que votaram NOS NOMES DOS MAIORES AUTORES MORTOS e não colocaram o de Jorge Amado  e Agripa Vasconcelos, como grandes escritores brasileiros, reconhecidos internacionalmente. Naquela relação consta nome que eu nunca ouvi falar e olha que eu leio muito. É lamentável...
Um abraço.
Maurício Cardoso”

Concordamos com Dr. Maurício: essas coisas só acontecem o Brasil, infelizmente.


segunda-feira, 15 de abril de 2013

Escrava e Rainha


O contratador João Fernandes apaixonou-se pela escrava Xica e fez dela uma rainha


Tais Araujo ainda não era conhecida do grande público quando interpretou Xica
                                          
        Xica da Silva foi representada na novela pela atriz Tais Araújo que, na época, tinha apenas 17 anos. Mesmo muito nova para o papel (a personagem tinha por volta de 25), Taís surpreendeu, pois ela ainda não era muito conhecida do grande público. Ganhou projeção nacional sendo reconhecida pela crítica.

       A novela foi comprada pelo SBT em 2004, das mãos de Pedro Jack Kapeller, que ainda possuia boa parte do acervo da Manchete em seu poder. Os programas produzidos a partir de 1995 pertenciam teoricamente à Bloch Som & Imagem, uma empresa que não foi à falência com a TV Manchete. Silvio Santos recorreu à novela da Manchete para tentar frear o crescimento da Record, que fazia sucesso com a novela Escrava Isaura.   

       Xica foi reexibida sem a autorização da família de Agripa Vasconcelos, o que gerou uma verdadeira batalha judicial pelos direitos autorais, culminando com a vitória do escritor. Ainda bem!







sábado, 6 de abril de 2013

Novela 'Xica da Silva'





    Baseada no romance histórico CHICA QUE MANDA de Agripa Vasconcelos, a novela 'Xica da Silva' conta a história de uma escrava que virou rainha em pleno século XVIII. Atrevida e muito inteligente, Xica conquistou um marido rico, deixou de ser escrava e escandalizou a sociedade hipócrita de sua época, movida pela cobiça do diamante. A história se passa na região do Arraial do Tijuco, em Minas Gerais, que depois se chamaria Diamantina.


Tais Araujo e Zezé Mota na novela, como Xica e sua mãe

      Xica da Silva transformou-se numa verdadeira rainha, sempre esnobando a nobreza que antes a chicoteoava. Mesmo descriminada pela maioria, sempre foi dotada do dom de ajudar aos amigos. Esperta, decidida e apoiada pelo seu amor o contratador João Fernandes, Xica, desalforriada, se mune dos maiores luxos possíveis, com direito a um mar dentro de sua fazenda com um navio, além de possuir nada mais que sete mucamas!


                                                     


    Com direção de Walter Avancini, a novela conseguiu altos índices de audiência em todo o Brasil, o que compensou o investimento de seis milhões de dólares, na época. Essa superprodução foi ao ar pela Rede Manchete de Televisão em comemoração ao centenário de nascimento de Agripa Vasconcelos, acontecido em 1996.



sábado, 30 de março de 2013

A VERDADEIRA PÁSCOA

 



Dois mil anos atrás, um homem veio ao mundo...
Disposto a ser o maior exemplo do amor e verdade que a humanidade conheceria.
Sua proposta de vida não foi entendida por muitos.
Condenaram este homem e crucificaram-no, ignorando todos os seus propósitos de um mundo melhor.

Houve dor, angústia e escuridão.
Por três dias, o sol se recusou a brilhar, a lua se negou a iluminar a Terra, até que, ao terceiro dia, a vida aconteceu.
A Páscoa existe para nos lembrar deste espetáculo inigualável chamado ressurreição.

PÁSCOA,
Ressurreição do sorriso, da alegria de viver, do amor.
Ressurreição da amizade e da vontade de ser feliz.
Ressurreição dos sonhos, das lembranças.
E de uma verdade que está acima dos ovos de chocolate ou até dos coelhinhos.

Cristo morreu, mas ressuscitou.
E fez isso somente para nos ensinar a matar os nossos piores defeitos e ressuscitar as maiores virtudes sepultadas no íntimo de nossos corações.
Que esta seja a verdade da sua Páscoa.
(Colaboração do nosso seguidor e amigo Vicente Ferreira Filho)

sexta-feira, 22 de março de 2013

A vez de 'Chica que Manda'




      No dia 16 de setembro de 1996, entrou no ar a novela que traria de volta a Rede Manchete de Televisão para o terceiro lugar no ranking da televisão brasileira. Com uma programação extremamente popular e tendo como sua base programas jornalísticos, a Manchete parecia estar se recuperando de suas crises.

     A direção da emissora estava decidida a investir em tramas adapatadas de obras literárias de grande sucesso. Procurando uma novela forte, que mantivesse a audiência de "Tocaia Grande", Walter Avancinni pensou primeiramente em desenvolver uma novela derivada de três livros de Machado de Assis, projeto nomeado internamente como "Paixão". Mas apesar da força apresentada pela sinopse central, a novela ficaria muito cara, extrapolando o orçamento disponível. A direção da TV, então, passou para a segunda opção: uma adaptação do romance "Chica que Manda", de Agripa Vasconcelos, cuja estória central, além de forte e atraente, ia de encontro à crescente tendência de movimentos de valorização da cultura afro no Brasil. A novela foi um sucesso absoluto!


A ESCRAVA QUE VIROU NOVELA