segunda-feira, 21 de maio de 2012

Opiniões sobre Agripa Vasconcelos

Assim que se formou, Agripa foi convidado para ser médico assistente do Dr. Miguel Couto no Rio de Janeiro. Durante o discurso como paraninfo da turma de Agripa, Dr. Miguel lhe fez um elogio, dizendo:
_ “Agripa tem o diagnóstico na ponta dos dedos.”
          Fato até hoje inédito em oração de paraninfos.

          Coelho Neto sempre considerou Agripa como "amigo dos que mais viveu em meu coração", escreveu.

          O Ministro Oscar Correia, que substituiu Agripa Vasconcelos na Academia Mineira de Letras diz:
          _ "Sem medo de errar, não há na literatura nacional autor de linguagem mais variada e rica do que de Agripa, porque atinge todos os campos; para tudo tem a palavra certa, não repete nem repisa: a flor, a planta, o bicho, a doença, a dor, a vida, a morte, o amor, tudo, tudo".
          E em sua oração de posse na Academia o Ministro diz:
          _ “Agripa foi poeta dos mais notáveis que temos tido, prosador de inigualável poder verbal, de capacidade excepcional de narrador, pesquisador e reconstituidor de alguns períodos mais densos de nossa história, conquistando lugar de relevo entre os grandes nomes das letras nacionais. Em verdade Agripa vive, na sua obra que vencerá o tempo.”

          Agripa Vasconcelos era o próprio Espírito de Minas”, diz o também escritor já falecido Moacyr Andrade.

          A jornalista e tradutora Cozette de Alencar (de Juiz de Fora) já falecida diz:          
         _"Mesmo quando em prosa escreve, é Agripa grande poeta. É como poeta que pinta seus painéis, levantando em cores impressionantes os cenários esplêndidos de suas histórias".

          “Em sua poesia existe a presença da ternura, que é uma forma de amenizar a vida, naquilo que tem de mais áspero. Mas não deixa de expor em seus versos a filosofia das verdades eternas”, escreveu Martins de Oliveira.

          “Falar de Agripa Vasconcelos é dizer de ciência, poesia, flores e amor, linguagens universais que buscamos na caminhada”.
(Dr. Luis Gonzaga do Amaral, membro da Academia Mineira de Medicina, em janeiro de 2012)

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Nos bastidores



     O grande público conhece Agripa Vasconcelos por causa das novelas. Nos anos 1990, coube à extinta Rede Manchete de Televisão adaptar e transformar dois de seus livros em novelas de sucesso:
A Vida em Flor de D. Bêja (sobre o ciclo do povoamento) na novela D. Beija e
Chica que Manda (ambientado no ciclo do diamante) na novela Xica da Silva.


_“As novelas foram exibidas em diversos países, sempre bem acolhidas”, conta Mara* (filha de Agripa), lembrando com carinho uma passagem dos bastidores da realização das obras. Durante o processo da escolha do elenco, ela ficou amiga de Adolfo Bloch, proprietário da emissora. Na hora de escolher a protagonista de Dona Bêja, em dúvida, ele a consultou sobre o que achava de Maitê Proença.


_ “Preferia a Vera Fischer, achava que era mais o tipo da personagem. Mas, quando a novela foi ao ar, acabou me convencendo. Estava coberto de razão!" afirma Mara.

     E o papel de D. BÊJA acabou se transformando em um dos maiores sucessos da carreira de Maitê (foto acima).

( fonte: trecho de entrevista concedida pela filha do autor Mara de Vasconcellos Mancini ao jornalista Sérgio Rodrigues Reis, do Caderno de Cultura do Jornal Estado de Minas, em 2008.
* Mara era advogada e curadora de toda a obra de seu pai, tendo trabalhado incansavelmente pela divulgação dos escritos de Agripa até o falecimento dela em 2010.)

.
.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Escola Municipal Agripa Vasconcelos




      A Prefeitura de Matozinhos/MG entregou à população mais uma escola municipal totalmente reformada: a unidade Agripa Vasconcelos localizada no bairro São Miguel. A cerimônia foi realizada dia 28 de abril e reuniu autoridades, diretores, professores, pais e alunos. Essa é a quarta obra de reforma de escolas realizada pela Prefeitura Municipal dentro do Programa Matozinhos Avança e entregue com sucesso.
     Estiveram presentes na solenidade, o Prefeito Municipal Murilo Pereira de Rezende, o representante da Câmara Municipal Joaquim Alves da Paixão, a secretária Municipal de Educação Inês Cristina Rosa Soares Pires, as Subsecretárias da Educação, a Diretora da Escola Municipal Agripa Vasconcelos, Nilce Miranda de Oliveira, além do neto de Agripa Vasconcelos, o Sr. Vito Mancini (de camisa amarela na foto acima), entre outros Secretários Municipais e autoridades locais.
(fonte: www.matozinhos.mg.gov.br - escrito por Daniele)

domingo, 6 de maio de 2012

Haikais


        Agripa Vasconcelos escreveu, além de contos e poesias, vários haikais que são poemas curtos de apenas uma estrofe. Dentre tantos escolhemos  o que ele dedicou ao seu filho caçula Leonato Agripa. 
                              DE PROFUNDIS
       Meu filho, que tu não venhas
         Sobre os meus passos na vida !
             Quero ver teus pés sem sangue !...


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Leonato Agripa


Maio é o mês em que faleceu o filho caçula de Agripa - LEONATO AGRIPA.
Transcrevemos hoje uma carta que Mara, irmã de Leonato, escreveu na ocasião:



Leonato querido,

Faz de conta que você não se foi. Eu o vejo a todo instante, sinto sua presença, ouço sua voz me dizendo: "Oi, mana véia"... com seu riso tão bonito e seu cachimbo tão inglês, enchendo de fumaça cheirosa seu bigode e seu redor.

Todas as tardes, ao escrever, eu o procuro na primeira estrela que aparece e lá está você brilhando, piscando lá no céu, bem no alto, mandando beijos para todos nós que o amamos tanto! Como sentimos sua falta! Ensina-nos a conviver com sua ausência, dai-nos forças para aceitar tanta dor...

Agradeço, de coração, a Deus te-lo tido como irmão e amigo.

A vida nos colocou separados, em cidades diferentes, mas carinho não se mede por quilômetros e sim por profundidade de sentimentos. E você tem certeza do quanto eu o queria.

A saudade que sinto é imensa e em cada lágrima que derramo vai um pedaço do meu coração.

Não se esqueça da gente, proteja a todos nós que agora, mais do que nunca, precisamos de sua ajuda.

Você não morreu... você desencantou!!

                            Um beijo da Mara
                        
                         (Brasília - maio de 1992)



terça-feira, 24 de abril de 2012

Sementeira nas Pedras



      Nos momentos de mágoa e tristeza, Agripa abre seu coração em “SEMENTEIRA NAS PEDRAS”, seu último livro de poesias publicado
que começa com este soneto:

Semear, semeei - minhas palavras boas,
Prevendo o bem da messe promissora.
Nem luas más, sem secas, nem garôas
Poderiam frustrar minha lavoura !

Semeando, humilde, entoei obscuras lôas,
Não à mão que alçava ao sol que aloura.
Mas a Deus, mas às águas, que as lagoas
Conservam contra a estiagem sorvedoura.

Mas bem cedo senti que meu trabalho
Valia ainda bem menos do que valho...
Foi simplesmente vã minha canseira !

Pois quem semeia em corações humanos
Semeia em pedras e, sem mais enganos,
Pode julgar perdida a sementeira...



domingo, 22 de abril de 2012

Espetáculo teatral "SAGAS NO PAÍS DAS GERAIS"





O espetáculo teatral do Grupo dos Dez "Sagas no País das Gerais" foi apresentado em maio de 2010, no Projeto Quarta Doze e Trinta, às 12h30 e no Projeto Uma tarde no Campus, às 17h30, no auditório da reitoria da UFMG, Campus Pampulha.

Narrado por uma negra forra, a peça conta com ternura e vigor, sob a forma de causos e canções, curiosidades do tempo do Brasil Colônia e um pouco das histórias da formação e do povoamento de Minas Gerais.

O espetáculo é formado por quadros cênicos livremente inspirados em uma série de seis livros que deu nome à apresentação, do escritor e poeta Agripa Vasconcelos.


Os projetos "Quarta Doze e Trinta" e "Uma tarde no Campus" tiveram curadoria  da  Diretoria de Ação Cultural (DAC/UFMG) e foram produzidos em parceria com a  Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC/UFMG).